quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

V

Há aqui qualquer coisa.
Uma cruz por sobre a terra. Uma espiral por sob a terra. A mão que saí-a por entre as raízes. As pernas eram cactos, laminas, dobradiças exangues. Os arbustos queimados. As manchas de óleo eram aquelas que eu engoli: petróleo destilado. Havia um leve sorriso que se desenhava nos olhos que expandiam as cicatrizes nas têmporas. as cicatrizes ligavamm-se por um fio eléctrico a antenas de televisão que estando na parte superior do crânio descaiam por sobre os ombros inexistentes.
Apesar dos conceitos estarem todos baralhados, confesso-vos que havia movimento nesta máquina.
Na mistérica tridimensional existência, enquanto individuação e, enfim, enquanto espécime, assemelhava-me a Sicknick. Fuga ou reacção.
(A morte que nos ausenta, está sempre presente)
Comecei pelas pernas, depois, na física solidária coesão, as cartilagens do pescoço finalmente liberto, graças ao desprendimento das coisas não cosmológicas.
Persistência: como desmontar a máquina em plena laboração?

1 comentário:

Anónimo disse...

Não há como desmontá-la, resta-nos ter um pé no sistema e o outro fora.